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Fundação Cultural de Curitiba           

Digitalização de acervos: Introdução ao uso de scanner 3D de baixo custo e software livre

Oficinas

Curitiba, 2022

Projeto, produção e planos de aulas:
Felipe Gomes / Araucária Lab

Coordenação, posters e prestação de contas:
Felipe Gomes

Incentivo:
Fundação Cultural de Curitba
Prefeitura de Curitiba

Agradecimentos:
Escola de Patrimônio & Liceu das artes
FCC




O uso de técnicas como scanners 3D, LIDARs e fotogrametria para fazer cópias digitais de objetos físicos faz parte dos meios de conservação e pesquisa dos centros de estudos de patrimônio e museus, como podemos acompanhar pela recente abertura do catálogo dig- ital do Smithsonian Museum (https://3d.si.edu/). Em constante atualização, o Smithsonian 3D Digitalization é apenas um dos projetos que disponibiliza os modelos não só para visual- ização online mas sendo possível também buscar, baixar e até materializar modelos 3D de diversas obras e artefatos culturais. Assim como o British Museum, instituição que mantém um perfil próprio na plataforma Sketchfab (https://sketchfab.com/britishmuseum) para com- partilhar seus modelos de alta resolução e o Metropolitan Museum of Art, que disponibiliza modelos 3D (https://www.thingiverse.com/met/designs) prontos para impressão 3D em uma das maiores plataformas colaborativas de modelos STL.

Com a popularização e o aumento ao acesso dessas ferramentas, a digitalização de objetos se tornou possível para estudantes, educadores e pesquisadores, permitindo seu uso para a catalogação e divulgação de patrimônios guardados por instituições públicas e com limites orçamentários. Como referência temos o projeto Scan The World (https://www.myminifac- tory.com/scantheworld/), iniciativa open source de que tem como missão criar um acervo digital de herança cultural e ajudar a tornar a cultura acessível.

Logo, esse curso livre de curta duração tem a intenção de introduzir os alunos aos processos e possibilidades do levantamento tridimensional para a criação de acervos digitais.

Discutimos hardwares de baixo custo e softwares de iniciativa livre para esse tipo de levantamento, além de suas possibilidades de materialização. Foram 16 horas de aula separadas em dois blocos: no primeiro conversamos sobre conceitos teóricos como meshs, texturas, número de polígonos, etc. No segundo bloco fizemos uma aplicação prática através do uso de scanner 3D e de levantamento por fotogrametria.

Os tópicos foram apresentados de maneira introdutória, cabendo ao aluno aprofundar a sua pesquisa nos campos que considerar relevantes através dos mais variados materiais de referência fornecidos durante as aulas.

Seguindo a ideia de acessibilidade à informação, as aulas foram oferecidas gratuitamente, mediante a inscrição por meio de formulário digital e aprovação da organização. As inscrições foram divulgadas de maneira digital pelas principais redes sociais e de maneira física através de cartazes distribuídos em universidades, centros de cultura, Ruas da Cidadania e outros pontos de encontro.

A seleção dos 30 alunos aconteceu de duas maneiras: metade dos alunos de cada turma foi selecionada por avaliação de currículo, priorizando professores e outros educadores para maior alcance do conteúdo; a outra metade dos alunos de cada turma foi selecionada por sorteio, garantindo a variedade de pessoas e a pluralidade de ideias.